Antes de escolher é importante buscar compreender as principais diferenças para cada tipo de mistura e mixagem e como o seu processo será conceitualizado, por exemplo, se é preciso modificar as receitas regularmente ou produzir sempre o mesmo produto, entre outras escolhas que auxiliaram a definir a melhor opção e a mais adequada para aquele tipo de operação.
Mesmo se você for um profissional experiente em processamento de produtos farináceos ou pós algumas dúvidas sempre podem surgir, com isso em mente realizamos a seleção de alguns fatores e considerações sobre os diferentes tipos de mistura.
Segue para análise processual:
Na mistura contínua os materiais fluem constantemente através das linhas sendo controladas até o misturador, muito comum onde é necessário a alimentação contínua de outros equipamentos, os produtos assim serão misturados por um curto período de tempo (segundos ou minutos dependendo da aplicação) então fluindo através da saída de descarga. A mistura contínua é mais indicada para linhas onde não se necessita muita variação das receitas devido a sua maior dificuldade de limpeza e higienização sendo que quando comparada a mistura em bateladas fornece alto rendimento e baixo consumo de energia.
A mistura em bateladas oferece alta precisão e controle da composição exata da mistura, promove possibilidades de maiores capacidades de operação e também é mais indicada para operações onde será necessário a preparação de variadas receitas com rapidez e eficiência. Este tipo de processo dispõe de uma maior flexibilidade na adição de produtos pastosos devido a forma de concepção dos misturadores.
É importante notar que é necessário um dimensionamento correto da produção, permitindo que o misturador esteja sempre em operação, garantindo uma alimentação constante com a utilização de silos pulmão, balanças para uma aferição exata, moegas entre outros equipamentos, proporcionando um funcionamento com frações de matérias-primas corretas e sem tempo de espera entre bateladas.
Na alimentação de produto considerar de onde os materiais virão e se as diferentes fontes de matéria prima podem fornecer com consistência as frações corretas, tanto de pós quanto micro ingredientes mais abrasivos e de menor porcentagem. Em alguns processos, pode haver diferenças na forma como os ingredientes são extraídos, movimentados e aferidos após a armazenagem, portanto, a mistura contínua pode ser impraticável nesses casos. Se, por qualquer motivo, o fluxo pode ser inconsistente, a mistura de bateladas será capaz de fornecer resultados de maior qualidade.
Quanto a tempos e capacidade de produção, os processos com o misturador de fluxo contínuo fornecem menores capacidades quando comparada as opções em bateladas, mas seu processo acontece de maneira mais rápida exigindo menor gasto de energia, também necessitam, geralmente, de menor espaço físico para sua instalação.
Já os misturadores de batelada possuem uma maior gama de opções no âmbito das capacidades, desde o misturador tipo y muito indicado para a fabricação de núcleos e pre-mixes de micro-ingredientes próprios, onde se gera uma maior independência, até misturador de pás, helicoidais e de leito fluidizado onde se aumentam as capacidades e a versatilidade das receitas, mas ocupam mais espaço físico e também agregam um maior consumo energético que deve ser compensado pelo volume de produção.
Avaliando os tempos de processamento, que é o tempo que o material demora para fluir da entrada da alimentação até a saída de descarga da mistura, é preciso levar em conta que para mistura contínua se for necessário tempos mais longos de mistura ela não será a melhor opção, pois o misturador contínuo foi concebido para curtos espaços de tempo de mistura devido a velocidade que os materiais devem se mover internamente, diminuindo está variável pode-se produzir uma mistura de produto desigual.
Para a mistura em bateladas ocorrerá uma variação com o produto e a escolha do misturador para a aplicação desejada, mas podemos definir tempos médio de mistura para o misturador de pás de 3 minutos, para o misturador de leito fluidizado de até 3 minutos, para o misturador helicoidal de 5-10 minutos e o misturador tipo Y irá variar ainda mais da necessidade de cada operação.
A suposição imediata é que mais rápido é melhor, mas isso nem sempre é verdade, a velocidade desejada necessária vai depender, além do custo atrelado a cada opção, de onde está o gargalo para cada aplicação ou linha de produção, desde o tempo de aferição dos ingredientes até a mistura, descarga, movimentação e o tempo necessário para colocar o mistura novamente em operação, ou seja, para garantir que não haja desperdícios desnecessários é de extrema importância a consideração de toda a cadeia de processamento do produto.
Quando se trata de precisão e controle de misturas, a mistura contínua tende a ser menos eficiente, quando se movimenta uma grande quantidade de material rapidamente é difícil controlar as quantidades precisas de cada elemento na mistura, logo, para determinados segmentos você precisará de maior precisão do que um misturador contínuo pode fornecer. Por esta razão que indústrias alimentícias e de ração tendem a se inclinar para o processamento em bateladas, pois precisam de frações exatas de cada produto com pouca variação, também não podemos deixar de lado que o número de ingredientes diferentes pode influenciar diretamente qual opção escolher, se a receita demanda mais tipos de ingredientes em pó, pastosos ou líquidos a melhor opção é a mistura em bateladas devido a sua maior facilidade de adaptação, sempre lembrando que quanto mais produtos mais o tempo de mistura pode variar.
Sabemos que a facilidade de higienização em alguns casos é de suma importância, tanto para aplicação de novas receitas, quanto apenas para controle sanitário, assim sabemos que no misturador contínuo, devido a sua forma de concepção, torna a limpeza da linha uma tarefa mais complicada, por isso, como já descrito acima, ele é mais indicado para aplicações sem muita variação das receitas.
Para a mistura em bateladas existem algumas possibilidades, nos misturadores de pás, helicoidais e tipo Y para sua limpeza interna é necessário, dependendo da necessidade, aplicar algum produto na linha ou a realizar manualmente. Já no misturador de leito fluidizado a mistura é realizada pneumaticamente através de uma membrana atóxica que se encontra em seu interior, por ser um equipamento que tem sua operação pela injeção de ar torna o mesmo auto-limpante (dependendo dos produtos misturados) evitando assim o desperdício de tempo na manutenção da higienização nas linhas.
A necessidade de manutenção também deve ser um fator a se considerar, tanto o misturador de fluxo contínuo quanto nas opções em bateladas a necessidade é mínima, o projeto é feito de maneira que qualquer agitador interno danificado possa ser facilmente substituído e reajustado. Além disso, o motoredutor montado no eixo não requer qualquer manutenção além de mudanças de óleo e apenas em longo prazo a troca da vedação dos eixos se torna precisa. Na opção pneumática a operação é ainda mais confiável e duradoura onde a única necessidade de aferição a longo prazo é sua manga de tecido.
São diversos os fatores para realizar a escolha correta e para cada necessidade de aplicação podem ser diferentes, portanto, além de considerar essas diferentes abordagens também é útil trabalhar em conjunto, onde podemos avaliar suas demandas e auxiliar neste processo, por isso não deixe de entrar em contato com nosso corpo técnico, quem sabe uma grande parceria não está por surgir?
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